As duas palavras mais temidas por qualquer escrevinhador desinspirado, parcialmente alheado da atualidade e focado no desconfinamento: “tema livre”. Ainda pensei em alguns temas, mas as palavras simplesmente não saíam. Virei-me, por isso, para a fotografia, o meu desbloqueador preferido de textos. Não foi preciso remexer muito na pasta de fotografias para encontrar uma que pudesse servir de base para este texto. Uma das mais recentes, feita no passado (...)
Agradeço o convite que recebi da parte do "Caldeirada com todos" para escrever este Sábado. Espero estar à altura e ao nível do que por aqui se tem escrito. Não saindo do tema, "Caldeirada com todos", e sendo eu de uma vila com fama de boa caldeirada, apesar de poucos restaurantes a fazerem e só por encomenda, posso acrescentar que não há casa (de nativos) que não a faça, e cada uma melhor que a outra. Dito isto, vou debruçar-me sobre... A fome de viver. Todos (...)
"Há muitos anos que deixei de escrever entorpecido por um tempo de amarras infiltradas na minha sedenta vontade de sofrença." Não são palavras minhas mas sim de um velho amigo que parava no café central de Garvão, Baixo Alentejo, em certo tempo de outros momentos. Quando o Filipe me pediu para escrever, apesar de não nos conhecermos somos ambos filhos de um Baixo Alentejo que nos marca, recordei as palavras acachapadas deste velho sábio entre copos de vinho nas (...)
Esta semana a Caldeirada Com Todos é diferente, numa viagem na voz de Adriana Calcanhotto, por entre, as palavras do inigualável Carlos Drummond de Andrade. O Elefante. SardinhaSemlata
O país Não fazia ideia o que escrever quando recebi o gentil convite do Robinson Kanes. Como o país aparenta celebrara libertação dos piores dias da pandemia - apesar de Portugal ocupar o 9º lugar quanto a óbitos por milhão de habitantes –, e os portugueses regressam ao oásis usual, pensei pintar a nação das cores que a sinto. Logo reconsiderei por não querer afugentar clientela desta generosa casa. Decidi coibir-me das habituais diatribes à recusa (...)