Por vezes os dias são cinzentos, outras vezes clareiam um pedaço, numa paleta de cores, repletos sabores misturados sem fim. São reflexo da alma, de um sentir desmedido, uma esperança inebriante, nem sempre constante, por vezes sufocante que faz parte de nós. Por vezes os dias começam sombrios, tristonhos, medonhos, rasurando no papel, lembranças e querenças que ficaram guardadas nessa parte escondida do destino... Por vezes os dias começam brilhantes, sorridentes e (...)
Autor: Matt Cole E chegou o dia de Reis, 6 de Janeiro, dia em que os nuestros hermanos trocam presentes, dia em que durante dez anos da minha vida me habituei a festejar, devido ao simples facto de o meu melhor amigo de infância fazer anos nesse especifico dia. Quem acompanha este meu escrevinhar nestas paragens Sapianas, desde o meu Caneca de Letras, sabe que em todos os 6 Janeiro escrevo algo que me salta da memória, da alma, para o meu Luís Miguel e este 6 de Janeiro (...)
Por entre os espaços silenciosos da consciência, se escondem vontades e saudades desse ninguém que um dia fui... Esse ninguém por construir, sem passado, folha em branco carregada de ambição, esperança e determinação. Num sono pueril, aquela puerilidade imensa que se entrelaça em nós, onde tudo é possível, faz sentido, em contraponto, com esse destino que nos arrasa, nos derruba, nos desconstrói... Nesse sono, tão terno, sobram (...)
Folha em branco; Despida de palavras, Desnudada de pranto, Mágoas desvendadas, Em parte segredadas, Ao ouvido da consciência... Folha em branco; Sem desenho ou rascunho, Tão sincera e pueril, Imaculadamente ingénua... Folha em branco; Num vazio intemporal, Desgosto por cumprir, Na imensidão de um gigantesco sentimento... Folha em branco; Carregada de rasuras, Apagada esperança, Desse amor... Folha em branco; Repleta de oportunidades, Para reescrever, A (...)
28 anos! Assim de forma crua se desnuda essa verdade que esmaga e corrói, acelera o tempo e compassa a saudade. Faz hoje 28 anos que morreu uma das pessoas que mais amei em minha vida, um amigo de mão cheia, alguém que marcaria em dez anos cada pedaço de minha alma. O Luís era corajoso e desbravado, o mais corajoso de todos nós... Não pelo singelo murro numa briga ou pela força que o poderia caracterizar, nesse aspecto tanto o Nuno Pereira Campos ou eu éramos mais (...)