Oiço o barulho do mar, ao longe o farol da Berlenga, o bater das ondas na rocha, essa inquietante persistência de uma singela e singular beleza. O céu, de noite, límpido e brilhante, pejado de estrelas, uma estrela cadente... As luzes ao longe, muito ao longe de estradas e casas, a praia e a lagoa, os pescadores no areal. O mês de Agosto servindo o verão como prato principal, dias esplendorosos nesta Foz do Arelho mágica, por entre, neblina e sol... Escrevo na (...)
O quarto escuro, tão escuro que ameaçava trancar nele todos os sonhos do mundo e transformá-los em pesadelos, secretos segredos que esvoaçavam ao longe num bater de asas que afugentava a realidade. Singelamente o mar ia chegando, secretamente ondulado, intensamente segredado, tão imensamente arrebatador. As palavras, sempre elas, flutuavam na crista da onda, como barcos flutuantes aguardando em cada praia, areal, a ligação perfeita para tamanho naufragar... Naufra (...)
Não tenho visto noticias, não tenho estado atento às quotidianas barbaridades perpetuadas na melodiosa e populista agenda mediática, não tenho tido tempo para nada disso... Antes pelo contrário, tenho estado submerso no barulho das ondas, no cheiro a maresia que invade esta esplêndida praia da Foz do Arelho. Aqui estou, como sempre, em Agosto a passar uns dias em casa de minha Tia Ana, Mãe do meu querido Jaime Bessa, escapando ao rebuliço de novos tempos, marcados (...)
Gostaria de começar por felicitar o Filipe pela criação deste novo espaço de partilha, aqui no bairro do Sapo e, seguidamente, agradecer o generoso convite que me endereçou e que muito me honra. Sendo o tema livre, e o momento que vivemos, absolutamente excepcional, dei por mim a revisitar memórias… Quem costuma ler o que partilho nos meus blogues já conhece algumas das coisas que muito prezo e valorizo, nomeadamente a Liberdade e o MAR… Partilho um pequeno texto que escrevi (...)