Olho para trás e sorrio, num corrupio que se assoma, soma e multiplica sem mais delongas. Olho para o mar da Foz e sinto a imensidão desse mar que nos invade, nos resgata da normalidade aparente, dessa realidade pandémica e arrepiante travestida de "normalidade". Quero escrever e gritar cada letra sem espaço, cada frase sem soluço, cada lágrima enfaixada na desavergonhada vergonha da alma. Sei que o solarengo Domingo trouxe consigo essa esperança que não (...)
Pequenas coisas;
Coisas pequenas,
Que nos acontecem ao longo da vida,
Com a mão estendida,
Numa emoção querida, sentida,
Sentimos...
Coisas pequenas;
Que nos fazem crescer,
Num piscar de olhos, querer,
Vivenciar ou apenas dizer,
Que são elas que importam...
As pequenas coisas!
De olhos fechados, quase cerrados, vejo as entrelinhas de uma história na sequência de um destino, por entre, mares e rios...
A certeza desse querer sempre me aconchegou, sempre me amarrou a alma.
O que somos nós senão esse encontrar do tempo com a alma das gentes...
Olho para esse desmedido tempo com a fraterna plenitude do crescimento, reflectindo essas diferenças que marcam o olhar de hoje, desnudam aquele olhar de ontem, essas definições que anteriormente (...)
Olho da janela de minha casa, depois de um almoço em família, para as copas de árvores que circundam a zona onde vivo...
Nessa reflexão existe uma desesperançada esperança maior do que minha alma, centrada nesta mistura de incredulidade que vivemos.
Uma incrédula viagem repleta de desconhecido, como esta frase faz mais sentido do que nunca, onde se perdem afectos, descobrimentos, humanos toques escondidos nesse medo pandémico.
Com o ressurgir de novos (...)