Ironia do destino, em 2024, o dia da Mulher calhou dois dias antes das eleições.
Sou contra este dia, uma espécie de discriminação positiva que mascara uma irrelevância dada durante todo o ano. Mais do que um dia, valorizo a importância das quotas de género. Essas, sim, são decisões com impacto na promoção da igualdade.
O dia da Mulher serve para três coisas:
- a primeira (e única útil) é a publicação de estudos e estatísticas sobre a desigualdade salarial, social (...)
Nas últimas semanas, houve uma personalidade que me chamou atenção pela negativa: Mariana Mortágua. Comecemos pelo Chega e por André Ventura. O estilo trauliteiro não mudou: as fake news, as manipulações de factos com layouts de jornais reputados, as ameaças de violência, os tiros inventados e o apoio perigoso a forças de segurança, dando-lhes a luz ao fundo do túnel nem que seja a luz do abismo. De Mariana Mortágua, já me tinha chocado o discurso anti literacia (...)
Imagem: Bruno Nunes dos Santos A moral, mesmo quando se renova, anda mais atrasada em relação à melhor inteligência de cada época do que os comboios em relação aos seus horários, quando os nevões obstruem as linhas. Ferreira de Castro, in "A Experiência" No cenário atual, o termo "Kakistocracia" torna-se cada vez mais um conceito/prática a ter em conta - até porque de novo nada tem. A Kakistocracia, não é mais que o sistema de governo/gestão no qual os (...)
Para onde caminha a nossa Democracia? Esta poderia ser uma pergunta milenar, uma questão que se misturasse na vociferia do dia a dia, porém olhando para a actualidade parece-me que se trata de uma parte fundamental da nossa essência como sociedade. Aristóteles e Platão, entre outros, há milénios que identificaram este problema na democracia Grega, nas democracias em geral, ou seja, sempre que estas permitiam o ressurgimento de demagogias e populismos entre elas, na (...)
Esta última semana trouxe mais fracas novidades à política portuguesa.
Depois dos escândalos de corrupção, das ligações familiares, da chuva de autarcas condenados por lesão do erário público e da degradação aterradora dos serviços públicos afetando quem não pode ir ao privado, a última "virgem" caiu. O Presidente da República está envolvido em mais um caso de favorecimento que custa 4 M Euros pagos pelos nossos impostos.
Desta vez não houve síndrome do microfone nem (...)