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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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08.07.20

Tráfico de Seres Humanos, Presente


ó menina

Portugal é segundo o Observatório de Tráfico de Seres Humanos  um país de destino de vítimas de tráfico assim como um país de origem.
O Relatório Anual de Segurança Interna - RASI, divulgado no passado mês de Junho, revela que em 2019 foram confirmadas 44 vítimas de tráfico de pessoas, em Portugal, a maioria no sector agrícola em Beja, sendo predominantemente cidadãos da Moldávia.
As sinalizações subiram, em 2019, 40%. De 280 casos sinalizados faltam confirmar 113, dos sinalizados 30 eram de menores mas a sua confirmação não é revelada porque essa informação está protegida. Foram sinalizadas 13 vítimas com origem em Portugal cujo destino principal foi Espanha.
O Relatório apresentado pelo Gabinete das Nações Unidas Contra Droga é Crime - UNODC, no início de 2019 apontava um aumento do tráfico de seres humanos sendo um terço das vítimas menores.
No contexto actual em que o combate à pandemia absorve recursos e diminui os serviços públicos e sociais a previsão é de agravamento.
O tráfico de seres humanos é actualmente uma das actividades criminosas mais rentáveis do mundo. A actividade é facilitada por problemas  globais como a pobreza, a corrupção, conflitos armados, discriminação e impacto negativo de más condições socioeconómicas ou ambientais.
Os antecedentes históricos do esclavagismo, o tráfico com fins sexuais e a crescente necessidade de mão-de-obra barata nos países desenvolvidos conjugada com a possibilidade de viajar e comunicar à escala global ditam o retrato actual de 'escravatura moderna'.

Os consumidores que beneficiam da exploração de seres humanos não têm estátuas em praças públicas mas deviam ter olhado para as que restam de forma mais apurada, afinal fomos dotados de uma ferramenta extraordinária que nos permite acrescentar conhecimento a que dão o nome de curiosidade. O problema veio do passado mas se ele se  perpétua no presente a culpa é nossa, não é das estátuas.

 

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Montagem de Ugurgallen, na imagem um jovem de 12 anos é castigado pelo dono da fábrica onde trabalha cerca 10 horas por dia em troca de 1 dólar. Imagem recolhida no Bangladesh e combinada com outra de um desses colégios onde os pais colocam os meninos para que saiam de lá formados para a competitividade com notas de frequência empoladas.

 

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