Há um lugar sem nome onde moramos reféns: Cognome que substitui lugares antigos e que dilui, em si e no tempo, as cores e os sabores de uma identidade vivida em fotografias antigas, agora esquecidas entre o pó de objectos, sem cheiro de amor. Por temor de recuar no tempo e voltar a bater à nossa própria porta … sem ninguém para a abrir.
Somos lugares sem nome a viver entre flashes, presos por um fio de redes sociais e memórias instantâneas, que depressa se esvai p’lo buraco (...)
Estranhos são os tempos que atravessamos, onde a capacidade empática parece assumir o comando das habilidades a desenvolver em cada um de nós, para que nos mantenhamos à tona e possamos auxiliar outros nesse processo. Falar de empatia é, muito provavelmente, falar de uma das funções mais importantes da inteligência humana, intimamente relacionada com a maturidade de cada um e com a gestão das emoções. Ser empático é usar da capacidade de se ter abertura para conhecer a (...)
Princípio do Pressuposto Sem olhar, ante o espelho, a própria face. Louco que julga saber ser o outro, à força de não ter vontade nem prazer de, aos demais, o lugar entender. Além mundo, a sua porta... e nada mais suporta. Que importa? O olhar emprestado, a voz de todos sem ninguém: o princípio do pressuposto por intuir ser suposto seguir e estar disposto ao raciocínio de outrém. Sem a frágil piedade, por coração de quem cedeu, fala o Homem sobre a vida, sobre a história e a (...)
Não é um inédito, mas sim uma republicação de um texto relativamente recente que partilhei no meu blog. Contudo, ouso trazê-lo aqui não só pela temática, mas também pela impotância que lhe atribuo, atendendo à eventulidade de ter mais alguns leitores. Homenagear a minha avó é homenagear a coragem e a audácia, o caminho da verdade, da liberdade e da democracia. Decidi a partilha ainda antes da morte do Presidente Jorge Sampaio, uma das suas pessoas de referência , a par de (...)
Dista-nos um quarteirão de luar onde, na sombra, os detalhes se ensaiam, os elementos se vestem de harmonia e onde todas as ruas parecem regressar ao segredo. Há quem nos sorria, entre frestas de portas e mesas vazias, quando o olhar frágil se demora longo... sobre o sopro na chávena de café à esquina da rua. Revelação, incompreensão e a certeza de se estar demasiado perto do peito... sem jeito de afastar a cadeira e trocar de lugar com um desconhecido.
Há uma flor a nascer na (...)