Vamos Ou Não Vamos Para Eleições?
Filipe Vaz Correia
Vamos ou não vamos para eleições?
Esta seria uma questão quase anedótica, caso não vivêssemos tempos inusitados, estranhos, temperadamente inenarráveis.
Montenegro é um Primeiro-Ministro morto, de um governo morto, que insiste em resistir, versus um líder de oposição amorfo, sem carisma e sem coragem.
E é nisto que estamos.
Tristes tempos estes em que um governo eleito há menos de um ano está prestes a cair, amontoando casos, trapalhices e até supostas trafulhices...
Como contribuinte maior para esta crise governamental temos o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, que entre empresas, obras em casa e outras coisas tais, vai acumulando um puzzle de desastres rumo ao abismo.
O Karma, sempre ele...
Quando um governo de maioria absoluta é derrubado por um parágrafo, segundo suspeitas impossíveis de serem confirmadas, como aliás desde o início se percebeu, ou quando um Ministro como Miguel Macedo é obrigado a se demitir por causa de duas garrafas de vinho, podemos perceber para onde caminhamos.
Os políticos apenas olham para sondagens e para oportunidades momentâneas de vitória, não compreendendo que na penumbra do populismo, judicial ou dos médias, se encontra o seu próprio futuro.
Montenegro aplaudiu a queda de Costa, não apontando os erros de um suposto judicialismo da política, agora encontra o seu momento de tempestade.
Creio que iremos para eleições, sendo que talvez este seja o momento menos propício para tal, no entanto, entre a pequenez da estatura dos políticos que nos dirigem, talvez o abismo seja a derradeira realidade de uma moribunda democracia.
Filipe Vaz Correia